sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Delega e presidenta para botar ordem na casa

Dona Elza, com tradicional modelito, e o delega Antônio Lopes
Quando eu era 'piá' ficava acordado nas madrugadas de domingo à espera do Corujão para ver o Charles Bronson com sua clássica série Desejo de Matar (Death Wish). O ator – falecido em 2003 - imortalizou o personagem Paul Kersey, um pacato cidadão que após ter a esposa e filha assassinadas por criminosos passou a fazer justiça com as próprias mãos, se tornando uma espécie de 'vigilante noturno' perseguindo bandidos pelas ruas e becos de bairros violentos.

Antes de protagonizar a série, Bronson já fazia sucesso com os clássicos Western (bang-bang), entre eles Sete Homens e um Destino e Era Uma vez no Oeste. Charles Bronson se foi há oito anos, assim como o Corujão com clássicos como Desejo de Matar, The Warriors, entre outros.

Paul Kersey era um cara durão que com frieza colocava ordem na bagunça dos arruaceiros. Antes que pensem que me tornei crítico de enlatados hollywoodianos esclareço que a postagem tem relação com o 'esporte bretão'. Ficou mais confuso ainda, mas vamos aos fatos: assim como as ruas sob olhares do 'vigilante noturno', o Atlético – maior clube de futebol do Paraná - também está uma verdadeira 'zona', vivendo seus dias de caos total.

Para tentar colocar ordem na casa, a diretoria - que há cada dia se mostra mais incompetente e perdida - resolveu trazer de volta um sujeito 'linha dura': o legendário delegado Antônio Lopes, que foi um dos 'Renegados' (outro Western) por essa mesma diretoria, assim como o Geninho – que foi mandado embora pelo clube quando tinha 80% de aproveitamento.

Todas as saídas de treinadores e jogadores do Atlético são nebulosas e de difícil entendimento. A última, do Renato Gaúcho, é mais uma delas. Por falar no Portaluppi, ninguém sabe se ele esqueceu que é um 'gaudério macho' e se acovardou ou se foi extremamente elegante para não sair disparando contra essa diretoria que é uma piada, que não cumpre promessas e que ninguém aguenta trabalhar.

Ainda sobre o Gaúcho, algumas ressalvas devem ser feitas. O bacana chegou dizendo "que não iria nem desfazer as malas". Além disso, dizem que o problema do amontoado de jogadores do Trétis são as noitadas e cagibrina nas casas de pagode. Se for isso, contratar um treinador que é mais baladeiro que os próprios jogadores pode ter sido um tiro no pé.

Enquanto isso, o mister president Marcos Malucelli, soltou mais uma de suas pérolas ao dizer que o "planejamento não deu certo, mas isso não significa que foi mal feito"... Hein? Deixa para lá, esse senhor não merece meu tempo.

A torcida contra o Atlético será grande, a mídia do eixo Rio-Sampa (assim como a nativa que veste verde de forma descarada) já colocam nosso time na segundona em 2012. Os coxinhas – entre eles meu próprio irmão e sobrinho (ninguém é perfeito) também já cravam como certa nossa queda: situação que preocupa, até porque 'eles' são especialistas em rebaixamento.  

O sucesso de Lopes no comando do Atlético é uma incógnita e, caso aconteça, será uma espécie de vingança do nosso Charles Bronson que foi renegado em outrora por essa mesma diretoria.

À nação rubro-negra só resta torcer para que o delega consiga colocar a casa em ordem e varrer a bagunça para bem longe. E como o negócio é 'faxina no Furacão nada melhor que o Lopes se agarrar a dona Elza, companheira fiel de todas as horas, que ao adotar o modelito vermelho está cada vez mais parecida com nossa presidenta Dilma Rousseff. 

Abaixo cena clássica de Desejo de Matar nos metrôs de Nova Iorque


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