sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Marcha marcou etapa da Jornada de Lutas em Cascavel

Jornada de Lutas em Cascavel
Cerca de 150 pessoas participaram nesta sexta-feira (26) em Cascavel da etapa local da Jornada Nacional de Lutas, promovida em todo país pela Via Campesina – movimento que reúne uma série de movimentos sociais – junto com centrais sindicais, estudantes e partidos políticos.

A jornada no 'velho oeste' do Paraná contou com manifestações públicas no calçadão de Cascavel em prol de bandeiras locais de luta e um ato contra a opressão, preconceito e discriminação –  racial, de gênero ou de orientação sexual. A etapa também foi marcada por uma marcha que saiu da Catedral e teve como destino os prédios públicos da Prefeitura e da Câmara de Vereadores.

Mesmo sem a intenção de ocupação do Paço Municipal, o poder público se precaveu e cerca de 20 guardas patrimoniais ficaram perfilados em frente a prefeitura com o receio que os manifestantes entrassem no prédio que é público. Já no Legislativo, nenhuma 'barreira', mas os manifestantes – que tinham a intenção de entregar uma pauta aos vereadores - foram informados que não havia parlamentares no momento do ato.

A etapa regional da Jornada Nacional de Lutas trouxe uma pauta de reivindicações locais, sendo a principal delas a agilidade do processo de reforma agrária e o assentamento das famílias acampadas na região.

"Estamos aproveitando a Jornada de Lutas de agosto para cobrarmos agilidade no processo de assentamento das famílias acampadas na região desde 1999, especialmente as que moram no Complexo Cajati. Há 13 anos só vemos promessas por parte do Incra que nossa situação será regularizada", comentou Edio Wilson de Oliveira, integrante do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra).

Além da questão da luta pela terra, a mobilização local colocou em pauta outras bandeiras, como na área da educação pública, especialmente pela Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná). Professores e estudantes reivindicaram um restaurante universitário para instituição e se mobilizaram contra o corte de 40% do orçamento da universidade. A educação fundamental também teve espaço com a presença da APP-Sindicato e a luta pela não-unificação das turmas nos colégios estaduais, além do foco na qualidade no ensino público.

Também estiveram na pauta de lutas da Jornada de Cascavel: luta pelo passe livre dos estudantes, aprovação da PEC 29 para a Saúde, restaurante popular em Cascavel, hospital público na região norte da cidade, coleta sustentável do lixo, defesa do Rio Cascavel (contra novas edificações na área próxima ao Lago Municipal), conselhos municipais em todas as esferas públicas, moradia para a população sem-teto, políticas públicas para a juventude, fim do fator previdenciário e investigação e punição aos responsáveis pelos casos de corrupção na esfera municipal.

"Essa é uma mobilização que está acontecendo em todo o País durante a semana e estamos reproduzindo em Cascavel, onde trazemos nossas bandeiras de reivindicações locais. Acho que o movimento surtiu efeito, conseguimos reunir uma série de movimentos de diversas correntes. É importante incentivarmos a população a participar", expôs a cientista política e professora da Unioeste, Rosana Katia Nazzari.

Em Cascavel, a Jornada de Lutas contou com a participação dos seguintes movimentos e entidades: ANDES/SN, ASSIBGE/SN, CNESF, COBAP, CONDSEF, CPERS/SINDICATO, CSP-CONLUTAS, Pastoral Anglicana da Terra, FENASPS, Intersindical, MTST, MTL, MST, Oposição/Sinteoeste, SINASEFFE, UST, SINDIPREV/CVEL, Associação dos Aposentados, SINDIJOR/Subseção Cascavel, Grêmio Wilson Joffre, MST, PCB, PSOL e PSTU.  

Abaixo algumas imagens da etapa regional da Jornada de Lutas em Cascavel



Vídeos da marcha em Cascavel podem ser vistos nos links: http://youtu.be/yVdLpHcnXj8 e http://youtu.be/jHB53WtYREA

Um comentário:

  1. Que seja só o começo, que a pauta nacional e a local sejam mantidas item por item até se tornar realidade.

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