quinta-feira, 3 de julho de 2014

#jornalistasmobilizados: Até onde irá a intransigência patronal?

No dia 1º de julho completou-se dois meses da data base dos jornalistas paranaenses. A negociação está travada por uma proposta dos empresários dos meios de comunicação do Estado, em especial do interior, que querem a todo custo reduzir o piso mínimo de seus trabalhadores.

Querem retirar uma conquista histórica da categoria: o piso unificado estadual. Piso este que muitos destes empresários sequer respeitam atualmente, ou seja, querem legalizar uma irregularidade que já acontece nas cidades do interior: jornalistas recebendo abaixo do piso e trabalhando em carga horária superior a cinco horas previstas na CLT (sem remuneração de hora extra) e sob a forte pressão de assédios morais dos mais variados tipos.

A principal "justificativa" dos representantes dos patrões é a dificuldade dos empresários manterem seus negócios. Uma "dificuldade" questionável pelos números apresentados pelo projeto Intermeios e o Diesse, que provam o contrário, mostrando que todos os segmentos da mídia (TV, impresso e rádio) tiveram crescimento significativo em seus faturamentos, especialmente quando comparado a desvalorização do salário de seus trabalhadores. Se há a dificuldade, que usem a criatividade em seus setores comerciais, se reciclem, mas não busquem cortar daqueles que são os verdadeiros responsáveis pela lucratividade de suas empresas. 

Na última segunda-feira (30/06), a direção do Sindijor-PR (Sindicato dos Jornalistas do Paraná) tentou reabrir o diálogo, porém eles seguem tentando nos empurrar goela abaixo uma "proposta" já rechaçada pelos trabalhadores em assembleias e por abaixo assinados. A única resposta para os trabalhadores na mesa foi: "SÓ NEGOCIAMOS COM A REDUÇÃO DO PISO (sic)!".

Enquanto outros sindicatos pelo país usam o exemplo do Paraná para lutar por piso unificado, nossos patrões paranaenses querem retroceder com uma proposta ridícula de diferenciar trabalhadores do interior e da capital. As perguntas que não querem calar: Qual o objetivo dos empresários em protelar a data base, uma vez que eles sabem que uma proposta de redução do piso já foi descartada amplamente pelos jornalistas? Até onde irá a intransigência dos sindicatos patronais?

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